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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma transmissão ao vivo nesta quarta-feira (26) para comentar a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado. Além dele, sete aliados, incluindo ex-ministros e militares, também responderão ao processo.
Se na terça-feira (25) Bolsonaro acompanhou o julgamento presencialmente no STF, nesta quarta ele optou por assistir à última sessão do julgamento no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, no Senado Federal.
Julgamento e reação do STF
A decisão da Primeira Turma foi unânime. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, reforçou a gravidade dos atos de 8 de janeiro de 2023, ao afirmar que não se tratou de um simples protesto. “Ninguém foi lá passar batonzinho na estátua”, disse Moraes, em referência aos ataques às sedes dos Três Poderes.
A denúncia contra Bolsonaro e seus aliados foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e envolve suspeitas de articulação para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a aceitação da denúncia, Bolsonaro se torna réu e responderá a processo no STF.
O que disse Bolsonaro
Durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro voltou a negar qualquer tentativa de golpe e classificou a decisão como uma perseguição política. “Fui presidente por quatro anos, respeitei a Constituição e sempre defendi a democracia. Agora me acusam de algo que jamais fiz”, declarou.
O ex-presidente também criticou os ministros do STF e disse confiar na Justiça para provar sua inocência. “Não há provas contra mim. O que há é um julgamento político. Vamos seguir firmes, confiando no Brasil”, afirmou.
Próximos passos do processo
Com Bolsonaro e seus aliados na condição de réus, o caso segue para a fase de instrução, onde serão colhidas provas e ouvidos depoimentos. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar penas que incluem inelegibilidade e até prisão.
O julgamento tem repercussão direta no cenário político e pode influenciar as eleições de 2026, onde Bolsonaro ainda figura como um dos principais nomes da oposição.
A defesa do ex-presidente afirmou que recorrerá da decisão e que vai apresentar novos argumentos para rebater a denúncia.
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