A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa no governo Jair Bolsonaro. A decisão ocorreu nesta sexta-feira (14) e reforça as acusações de tentativa de obstrução das investigações sobre uma suposta trama golpista.
Em dezembro de 2024, Walter Braga Netto foi preso sob suspeita de envolvimento em um plano para reverter o resultado das eleições de 2022, que consagraram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. As investigações apontaram que o general teria tentado obter informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, visando influenciar seu conteúdo e obstruir a apuração dos fatos.
De acordo com a Polícia Federal, Braga Netto teria contatado o general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, durante o período em que a colaboração premiada estava sendo negociada, demonstrando tentativa de interferir nas investigações.
Repercussão e Desdobramentos
A manutenção da prisão preventiva de Braga Netto gerou preocupação na cúpula do Exército, evidenciando divisões internas sobre o caso. A situação também provocou reações polarizadas na sociedade brasileira, com aliados de Bolsonaro denunciando suposta perseguição política e apoiadores de Lula vendo avanços na justiça democrática.
Próximos Passos
Com a decisão do STF, Walter Braga Netto permanecerá preso enquanto as investigações sobre a tentativa de golpe e possíveis envolvimentos de outras figuras políticas seguem em andamento. As autoridades reforçam o compromisso com a transparência e a legalidade no processo eleitoral e democrático do país.