Caso Vitória: Suspeito alega confissão forçada em crime



A contradição que abala o caso


Dois dias após admitir à polícia o assassinato brutal de Vitória Regina, a defesa de Maicol Santos apresentou uma gravação que pode mudar completamente os rumos da investigação. No áudio obtido momentos antes de sua transferência para o sistema prisional de Guarulhos, o único preso no caso afirma que sua confissão foi obtida sob coação. “Eles me chamaram na sala lá em cima e falaram que iam me ferrar de qualquer jeito”, relata Maicol na gravação, alegando que os policiais ameaçaram envolver sua esposa e familiares no crime se ele não assumisse a autoria.

A versão oficial em xeque


A confissão original, dada à Polícia Civil de Cajamar, parecia ter resolvido o mistério do assassinato que comoveu o país. Maicol teria admitido esfaquear a adolescente de 17 anos para evitar que ela revelasse seu relacionamento extraconjugal à esposa. Porém, a nova versão apresentada pela defesa coloca em dúvida toda a narrativa construída pelas autoridades. “Inventei uma história e falei pra ele que fui eu, pra me livrar e livrar minha família”, afirma o suspeito no áudio, que se tornou peça central na estratégia dos advogados para anular a confissão.

A reação das autoridades


Diante das graves acusações, a Polícia Civil anunciou que realizará uma reconstituição do crime para “esclarecer todas as circunstâncias”. O delegado responsável pelo caso defende a legalidade do procedimento e afirma que a confissão foi registrada com a presença de uma advogada da OAB, nomeada após a saída dos defensores de Maicol da delegacia. “A polícia também não pode estar suscetível a manobras da defesa”, declarou o delegado Fabio Cenachi, em coletiva anterior.

Os horríveis detalhes que permanecem


Independentemente da controvérsia sobre a confissão, os fatos sobre o crime continuam a chocar. Vitória Regina foi encontrada decapitada e com sinais de tortura em uma área rural de Cajamar, seis dias após seu desaparecimento. Seu corpo, em avançado estado de decomposição, só pôde ser identificado através de tatuagens e um piercing no umbigo. As últimas mensagens da jovem, enviadas a uma amiga enquanto voltava do trabalho, descreviam homens suspeitos que a teriam seguido até o ônibus.

A batalha judicial que se intensifica


Enquanto a polícia se prepara para a reconstituição, a defesa de Maicol avança com um pedido de habeas corpus e prepara recursos para anular a confissão. Os advogados argumentam que seu cliente, réu primário com residência fixa e emprego, se apresentou espontaneamente à polícia e colaborou com as investigações. “O devido processo legal deve ser respeitado em sua integralidade”, afirma a defesa em nota, prometendo combater o que chamam de “arbitrariedades” no caso.

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