O governo federal anunciou nesta semana a criação do “Crédito do Trabalhador”, uma nova linha de crédito consignado voltada para trabalhadores formais da iniciativa privada, incluindo empregados rurais, domésticos e Microempreendedores Individuais (MEIs). A iniciativa, que promete oferecer taxas de juros mais baixas, deve beneficiar cerca de 47 milhões de trabalhadores formais no país, segundo dados oficiais. O sistema entrará em operação a partir de 21 de março, e a migração de empréstimos já contratados para a nova modalidade estará disponível a partir de 25 de abril.
Como funcionará o “Crédito do Trabalhador”?
Assim como o empréstimo consignado tradicional, bastante popular entre aposentados e pensionistas do INSS, o “Crédito do Trabalhador” terá parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento, antes mesmo que o salário caia na conta do beneficiário. A diferença é que, nesse caso, o crédito não estará atrelado ao FGTS, mas o trabalhador poderá usar até 10% do saldo do FGTS como garantia. Além disso, em caso de demissão, os bancos terão como garantia a multa rescisória do trabalhador.
Com essas garantias, o governo estima que as taxas de juros do consignado para trabalhadores privados caiam em até 40%, tornando o crédito mais acessível. O valor do empréstimo, no entanto, não poderá ultrapassar 35% do salário bruto do trabalhador.
Plataforma de comparação de taxas
Para garantir transparência e facilitar a escolha dos trabalhadores, o governo disponibilizará uma plataforma digital onde será possível comparar as taxas de juros oferecidas por diferentes bancos. O objetivo é permitir que os interessados analisem as condições de cada instituição financeira e escolham a opção mais vantajosa.
Benefícios e expectativas
O “Crédito do Trabalhador” surge como uma alternativa para ampliar o acesso ao crédito com taxas reduzidas, especialmente em um momento em que o endividamento das famílias brasileiras tem sido um desafio. A modalidade consignada é conhecida por ser uma das mais baratas do mercado, já que o desconto direto na folha de pagamento reduz os riscos de inadimplência para as instituições financeiras.
Para o governo, a iniciativa representa uma forma de estimular a economia e oferecer mais segurança financeira aos trabalhadores. “Com taxas de juros mais baixas e garantias sólidas, o ‘Crédito do Trabalhador’ vai ajudar milhões de brasileiros a terem acesso a um crédito justo e transparente”, destacou o Ministério da Economia em comunicado.
Próximos passos
A partir de 21 de março, os trabalhadores poderão acessar a plataforma e começar a contratar o novo consignado. Já aqueles que já possuem empréstimos consignados poderão migrar para a nova linha de crédito a partir de 25 de abril, aproveitando as taxas mais baixas e as condições facilitadas.
Com a implementação do programa, o governo espera não apenas reduzir o custo do crédito para os trabalhadores, mas também fortalecer o mercado financeiro com uma modalidade segura e acessível.