O caso que chocou Cajamar, na Grande São Paulo, teve uma reviravolta nesta terça-feira (18). Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, confessou à Polícia Civil ter assassinado Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, após não ser correspondido romanticamente pela adolescente. A confissão foi feita na noite de segunda-feira (17), e os detalhes foram divulgados em coletiva de imprensa pelos delegados Luiz Carlos do Carmo e Fábio Cenachi.
Segundo a polícia, Maicol afirmou ter esfaqueado Vitória sozinho, usando uma faca que estava dentro do seu carro. “Ele pegou a faca que estava do lado do veículo e desferiu o golpe”, relatou o delegado Fábio Cenachi. A motivação? Vingança. Maicol confessou que estava apaixonado pela jovem, mas não era correspondido.
A confissão ocorreu após os advogados de Maicol deixarem a delegacia. Para garantir os direitos do acusado, a polícia chamou outros defensores para acompanhar o interrogatório. “Ele deu a sua versão. É uma versão do acusado. Tudo aquilo que ele colocou nós já sabíamos”, explicou o delegado Luiz Carlos.
Laudo descarta violência sexual
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Vitória não sofreu violência sexual. A adolescente foi morta com três facadas, que causaram uma hemorragia traumática. O documento também apontou que ela pode ter sido assassinada entre 27 de fevereiro e 1º de março. Além dos cortes no tórax, pescoço e rosto, a perícia identificou álcool no sangue da vítima, mas ainda não está claro se ela foi embriagada ou dopada antes do crime.
Comportamento obsessivo
Maicol, que morava no mesmo bairro que Vitória, era conhecido por monitorar a adolescente de forma obsessiva. A perícia no celular do suspeito revelou que ele visualizou uma foto postada por Vitória no ponto de ônibus minutos antes de ela desaparecer. Testemunhas também relataram ter visto o carro de Maicol perto do local onde a jovem foi vista pela última vez.
O veículo foi apreendido, e um fio de cabelo encontrado dentro dele será submetido a exame de DNA. Enquanto isso, a polícia segue investigando se Maicol agiu sozinho ou teve ajuda no crime.
Desaparecimento e morte
Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping e pegar um ônibus para casa. Durante o trajeto, ela enviou áudios e mensagens para uma amiga, relatando medo de dois rapazes que a assediaram. Seu corpo foi encontrado em 5 de março em uma área de mata, nu e com a cabeça raspada. A arma do crime, no entanto, não foi localizada.
O enterro de Vitória ocorreu no dia 6 de março, sob forte comoção da comunidade. A tragédia deixou familiares e amigos em luto, enquanto a polícia trabalha para garantir que a justiça seja feita.
Próximos passos
A confissão de Maicol é um avanço significativo no caso, mas as investigações continuam. A polícia aguarda o resultado do exame de DNA do fio de cabelo encontrado no carro do suspeito. Enquanto isso, a comunidade de Cajamar espera respostas e justiça para Vitória Regina, cuja vida foi interrompida de forma brutal.
Conclusão:
O caso de Vitória Regina expõe os perigos da perseguição obsessiva e a importância de proteger jovens vulneráveis. Enquanto a polícia busca esclarecer todos os detalhes, a sociedade reflete sobre como evitar tragédias como essa no futuro.